Houve um tempo em que o basquete de rua (streetball) era considerado o basquete jogado literalmente na rua, praça ou qualquer espaço que se pudesse imitar os jogadores da NBA depois de ver os jogos transmitidos pela Tv. Neste mesmo período, se falava no Streetball e logo para o leigo vinha a pergunta “Street o quê?” De repente apareceram torneios de streetball em São Paulo e Rio de Janeiro, para as marcas esportivas divulgarem seus produtos. Streetball era só o nome, porque na verdade era jogado o basquete tradicional e nada mais, não se tinha ainda o verdadeiro estilo americano de se jogar o streetball - dribles, jogadas ensaiadas, bolada na cabeça do adversário, e por aí vai. As marcas esportivas traziam os jogadores da NBA e davam brindes, como viagem para que os vencedores fossem até o Estados Unidos verem de perto a NBA. Quem não se sentia motivado em jogar basquete vendo o Chicago Bulls jogando, ou melhor, o Michael Jordan? Há um tempo justo na vida pra tudo, hoje podemos falar que o Streetball se transformou em Basquete de Rua. Já se vê jogador brasileiro dando show de bola em um esporte que o americano se diz imbatível (ficou no passado!). Os nossos torneios de basquete de rua não ficam mais a desejar, temos estrutura e as vertentes (Hip Hop, Grafite, Dança de rua, MC e Dj) se juntaram para dar vida ao esporte. E o melhor de tudo isso é que temos um número grande de jogadores, público e mídia. São estes ingredientes que levam informações para os leigos, ou melhor, ex-leigos, todos hoje sabem o que é o Basquete de Rua. Haverá um tempo, não muito distante, que o Basquete de Rua será referência mundial, não será mais uma exclusividade dos americanos. Teremos uma grande oportunidade para mostrar que esta modalidade já é realidade. Isto serve para que sejamos (Técnicos, professores, jogadores, árbitros, dirigentes, patrocinadores, etc.) atentos ao que o futuro vai proporcionar ao Basquete de Rua.
Chico Chagas
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